segunda-feira, 30 de abril de 2012

É complicado termos longe, quem nós queremos que esteja á nossa beira.
É difícil acreditar que vai correr tudo bem, à distância.
É bom quando mata-mo saudades de alguém que costuma estar longe de nós.
Enfim, é mau, mas acontece.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Nada é eterno. 
O café esfria.
O cigarro apaga. 
O tempo passa.
 E as pessoas mudam.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Confiança, amor, saudade, tristeza, fidelidade, atitude. São apenas palavras, o problema é o significado que essas palavras têm para as pessoas. 

CarlaDias

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Aveiro.

O tempo passa tão rápido. Parece que ainda ontem cheguei a Aveiro cheia de expectativas, e sobretudo, cheia de medo, aterrorizada por ser tudo tão diferente do meu normal. E hoje, já é a ultima praxe do meu ano de caloira. Já vivi tantas aventuras aqui, em tão pouco tempo. É uma mistura de emoções com muita responsabilidade. E o que vai ficar na memória, não são as aulas a que fui, nem os professores que me lixaram ou que gostaram de mim, nem as notas que tirei. O que vai ficar na minha memória, são as noites em que ri até me doer a barriga, as noites em que dancei até não haver mais música. Os caminhos que percorri até chegar à cama. As aventuras em que me meti, tantas aventuras Meu Deus ! As noites que passaram a correr, os dias em que passei a apreciar o sol sem fazer mais nada. Os cafés que tomei. Os pensamentos que tive, as inspirações que tive, as merdas que disse, as asneiras que  fiz. 
Cresci, bastante até. Neste momento, toda a minha maneira de pensar, é totalmente diferente da maneira de pensar que tinha quando aqui cheguei. Houve muitas coisas que eu tinha como sérias, que agora apenas considero coisas fúteis. 
Agora vem a parte das pessoas. As pessoas que vejo, as pessoas que conheço, as que já esqueci, as que passei a conhecer e as que já conheci. A quantidade de pessoas que eu conheci aqui num mês, supera as que antes conhecia durante um ano. A variedade de pessoas que há aqui. Escrevia agora aqui 1 livro sobre isso, mas o assunto é outro. Mudei a minha maneira de olhar para as pessoas, involuntariamente. E a minha maneira de pensar sobre como as pessoas me vêm também se alterou, claro. 
No fundo é tudo sobre a forma de pensar que vai mudando, conforme os dias vão passando, e a melhor parte, nem dás conta que isso acontece.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Cedo o Meu Lugar

Mesa

Eu não quero ser
Eu não quero pedir
Mas estou a perder
E não sei que fazer mais
O que eu era desapareceu
E quando falo parece, parece
Que não sou mais eu
Tento encontrar-me, desenrascar-me
Já faço a cama
Ando ocupada a tentar fugir de ti
Mas mais longe é mais perto
Mais difícil fazer o correto do que estar certo
Por isso…
Cedo o meu lugar a quem te mereça
Que decore os teus planos e que não se esqueça
Cedo o meu lugar a quem te mereça
Que te dê tudo e que nem pareça
Cedo o meu lugar a quem te mereça
Que fique do teu lado e que não esmoreça
Cedo o meu lugar…
Mas a seguir peço para voltar
Para mim nunca foi um jogo
Foi apenas um retrato
Onde ficávamos bem os dois
Onde as dúvidas são p'ra depois
Gosto mesmo de ti
Mas tu nunca estás...
Nunca estás aqui
Por isso…
Cedo o meu lugar a quem te mereça
Que decore os teus planos e que não se esqueça
Cedo o meu lugar a quem te mereça
Que te dê tudo e que nem pareça
Cedo o meu lugar a quem te mereça
Que fique do teu lado e que não esmoreça
Cedo o meu lugar…
Mas a seguir peço para voltar
( É que eu gosto mesmo de ti
Eu gosto mesmo de ti )
Tento encontrar-me, desenrascar-me
Mas quanto mais longe mais perto de ti
O que eu era desapareceu
A culpa percebe eu não sou mais eu
Cedo o meu lugar a quem te mereça
Que decore os teus planos e que não se esqueça
Cedo o meu lugar a quem te mereça
Que te dê tudo e que nem pareça
Cedo o meu lugar a quem te mereça
Que fique do teu lado e que não esmoreça
Cedo o meu lugar… (A culpa percebe eu não sou mais eu)
Cedo o meu lugar…
Cedo o meu lugar a quem te mereça
Que decore os teus planos e que não se esqueça
Cedo o meu lugar a quem te mereça
Que te dê tudo e que nem pareça
Cedo o meu lugar a quem te mereça
Que fique do teu lado e que não esmoreça
Cedo o meu lugar…
Mas a seguir peço para voltar
Cedo o meu lugar…
( É que eu gosto mesmo de ti
Eu gosto mesmo de ti )

domingo, 15 de abril de 2012

Um anjo

É engraçado pensar como seria se aqui estivesses. Provavelmente estaríamos em tua casa a celebrar o teu aniversário. Estaria a brincar com os meus sobrinhos, os teus filhos. Mais tarde iríamos recordar histórias dos teus 32 anos. É curioso o facto de te terem tirado do nosso caminho meu irmão. Será que eu tinha percorrido o mesmo caminho que percorri se tu, à 22 anos, não tivesses partido. É incrível como a tua ausência deixa tanta pergunta. Será que éramos mais felizes ? bem, de certeza que sim, pelo menos não saberíamos como é esta dor de perder alguém tão querido. Gosto de ver o brilho nos olhos da mãe quando fala de ti. Gosto do sorriso que o pai faz quando fala em ti. Não gosto da cara que ambos fazem depois de se lembrarem de ti, depois de se lembrarem que tu já partiste à tanto tempo ! Mais um ano passa e não significa que nos esqueçamos de ti, simplesmente a dor que temos se transforma cada vez mais em saudade e tranquilidade. Não acredito que estejas no céu, nem no inferno. Não sei onde estás, mas onde quer que estejas, obrigada por olhares por nós, porque eu sei que o fazes Carlos Manuel Cabral Dias .

domingo, 8 de abril de 2012

that's the problem II


Finalmente descobri o problema. Eu penso demasiado nas coisas e o que acontece é que acabo por criar problemas que nem sequer existiam antes. Porque é que eu tento perceber coisas que não têm nada para se perceber? Porque é que na minha cabeça já matei muitas pessoas, nos muitos filmes que crio, de situações que acabam por nunca acontecer? Porque esta fértil imaginação, só quer que enquanto estou a imaginar esses filmes, seja um pouco mais feliz, mais feliz ao imaginar o quão feliz eu seria se tudo o que imagino fosse real. Custa acordar dessa imaginação, cair no mundo real. Mas eu volto a imaginar tudo de novo para me sentir um pouco melhor. Todas as noites, antes de adormecer, imagino sempre a mesma história, com caminhos um pouco diferentes. Tudo para que adormeça feliz ao imaginar o quão bom seria se fosse mais feliz.
Porque é que eu não me consigo abstrair de pensar no motivo das coisas? Porque é que só me surgem perguntas na minha cabeça quando eu procuro respostas? Era tudo mais fácil se não pensasse tanto. Seria mais feliz? Tenho a sensação que nunca vou descobrir.
Está tudo dentro da minha cabeça. Faz parte da minha personalidade complicar o descomplicado.
Ás vezes gostava de ser outra pessoa, gostava de ser difente por dentro, mas depois lembro-me de tudo bom que tenho, as poucas pessoas que realmente me amam que gostam de mim assim, então penso que gostava de me lembrar mais vezes da parte boa da vida que tenho. Essa parte positiva acabou de segurar e não deixar que a chata da lágrima caísse mais uma vez pelo meu rosto, morrendo nos meus lábios. Quantas já caíram? Quantas mais irão cair? Serão sempre de tristeza? Voltam as perguntas, as incertezas, as duvidas que me tiram o sono tantas noites, voltam as lagrimas, volta a revolta de ser sempre assim, volta o coração apertado, volta a falta de respiração, pára tudo, cai uma lágrima, depois duas de uma vez e param. Como é que eu saio disto? Parece que gosto de estar assim. Quero sair deste mundo de inseguranças, preciso de garantias, preciso que me digam o que é que eu tenho de bom, porque eu não-o sei. Preciso que mostrem que gostam de mim para que eu me sinta melhor, quando eu é que deveria ser a primeira pessoa a gostar de mim. Porque é que esta dor não é fisica e se trata com uns antibióticos? Apesar de não ser fisica é bem real.
São 2:30h da manha, e o sono já se foi à algum tempo.
Porque é que cada passo que eu dou, me parece que me estou a perder cada vez mais neste labirinto?Será que este labirinto tem saída? Estou farta de estar sozinha no meio de tanta gente! Farta do meu sorriso vazio, farta  desta máscara. Esta fase de revolta acaba por passar quando me mentalizo que é assim porque simplesmente é. Não tem outra maneira de ser.
Odeio ver pessoas felizes. Faz-me sentir mal por não conseguir ser. Tenho inveja delas admito! Sei perfeitamente que há pessoas em situações bem piores que a minha, que isto não é o fim  do mundo, não é o meu fim, mas só queria passar esta fase à frente e ver-me erguida e cada vez mais forte, feliz dentro dos possiveis. São coisas que tu que estás a ler nunca vais perceber. Por mais que digas que estás na mesma situação de merda que eu, não estás. Cada um está de uma determinada maneira inigualável, e nem eu ontem estava como estou hoje, nunca vou estar.
 Podes ser do tipo de pessoa que acha isto uma grande futilidade e que sou fraca e uma triste. Podes ser do tipo de pessoa que quase que sente que foi ela que escreveu isto e não eu. O facto de me julgares não me diz nada. Porque se me importasse nem publicava isto. Podes ser do tipo de pessoa que pensa que estou a fazer isto para chamar a atenção. Podes ser do tipo de pessoa que entende isto como um pedido de ajuda meu. Mas eu serei sempre do tipo de pessoa que desabafa através das palavras, através dos textos, através de publicações.


Carla Dias.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

that's the problem .

Custa-me saber que quase tudo o que faço é para te impressionar. Não é que isso me torne uma pessoa melhor, nem tem nada a ver com isso. Não sinto que  gostes de mim pelas minhas genuínas atitudes.